SUMAK KAWSAY, o BEM VIVER, a utopia dos
povos ancestrais da Abya yalam ignorada e deslocada - quando não
sufocada - pelos colonizadores, que inspirou e sustentou a luta e a
resistência indígenas, revive hoje na autoafirmação desses povos, na sua
vontade de pôr sobre a mesa e fazer valer essa utopia como a sua
contribuição p/ a construção da nova Sociedade, el aliança militante com
todas as forças vivas do continente...
Um pouco disso, um pouco daquilo, um pouco de mim, um pouco do mundo...
Dlim@
25/01/2012
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
(PabloNeruda)
20/07/2011
#FelizDiaDoAmigo
Velhos Amigos
Almir Sater
Velhos Amigos
Quando se encontram
Trocam notícias
E recordações
Bebem cerveja
No bar de costume
E cantam em voz rouca
Antigas canções
Quando se encontram
Trocam notícias
E recordações
Bebem cerveja
No bar de costume
E cantam em voz rouca
Antigas canções
Os velhos amigos
Quase nunca se perdem
Se guardam para
Certas ocasiões
Quase nunca se perdem
Se guardam para
Certas ocasiões
Velhos amigos
Só rejuvenescem
Lembrando loucuras
De outros verões
E brindam alegres
Seus vivos e mortos
E acabam a noite
Com novas canções
Só rejuvenescem
Lembrando loucuras
De outros verões
E brindam alegres
Seus vivos e mortos
E acabam a noite
Com novas canções
Conhecem o perigo
Mas fazem de conta
Que o tempo não ronda
Mais seus corações
Mas fazem de conta
Que o tempo não ronda
Mais seus corações
16/11/2010
Consciência negra e o racismo brasileiro
Cada ano, em novembro, crescem em todo o Brasil as comemorações ligadas ao dia da união e consciência negra. Desde alguns anos, a data do martírio do Zumbi dos Palmares se integra no calendário nacional. Antes, poucos livros de história do Brasil contavam que, em 1695, senhores de engenho, bandeirantes vindos de São Paulo e militares de Pernambuco invadiram o Quilombo dos Palmares, no alto da Serra da Barriga, hoje Alagoas, onde viviam pacificamente mais de 30 mil pessoas - negras, índias e brancas, em uma sociedade livre e mais igualitária. Os invasores, com respaldo da sociedade e da Igreja, mataram milhares de homens, mulheres e crianças. O líder Zumbi dos Palmares, traído por um companheiro, preferiu entregar-se aos inimigos para evitar um massacre maior. No dia 20 de novembro de 1695, foi fuzilado e teve seu corpo esquartejado em uma praça do Recife. Até hoje, na comunidade de Muquém (AL), sobrevivem do artesanato de argila descendentes de alguns sobreviventes do massacre.
Mais de 300 anos depois, as comunidades negras e os quilombos são exemplos de resistência cultural e social do povo negro em meio ao conjunto da sociedade brasileira, ainda injusta e discriminadora. Conforme o censo mais recente, 44% da população brasileira é afro-descendente, mas só 5% das pessoas se declaram negras. Estes dados se tornam mais ainda espantosos quando sabemos que, da população brasileira mais empobrecida, 64% são pessoas negras.
A lei proíbe o racismo, mas mantém estruturas sociais e econômicas que o alimentam. Pode evitar que um viole o direito do outro, mas não tem como levar brancos e negros a se amarem e menos ainda como ajudar cada pessoa a se sentir bem em sua pele e em sua identidade cultural.
No Brasil, os dados oficiais mostram que as desigualdades sociais são mais profundas à medida que as pessoas pobres não só são empobrecidas, mas são negras. O Brasil branco é 2,5 vezes mais rico que o Brasil negro. Nos últimos anos, as diferenças entre negros e brancos vêm se mantendo. Na educação, um branco de 25 anos tem, em média, mais do que o dobro de anos de estudo do que um negro da mesma idade.
Os governos têm procurado solucionar esta desigualdade através de medidas que continuam compensatórias e provisórias, já que a solução mais profunda exige um processo de reestruturação da sociedade, que é lento e muito exigente. Entretanto para quem vive a dor da exclusão social é melhor contar com essas medidas do que viver no desamparo como, durante a história, tem sido, muitas vezes, o destino dos mais pobres.
Marcelo Barros,
monge beneditino e escritor, Goiânia, GO.
Endereço eletrônico: mosteiro@rededapaz.com.br
monge beneditino e escritor, Goiânia, GO.
Endereço eletrônico: mosteiro@rededapaz.com.br
Fonte: www.mundojovem.com.br
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