04/12/2009

História q a vida conta - parte II


Quando eu te vi andava tão desprevenido
Que nem ouvi tocar o alarme de perigo
E você foi me conquistando devagar
Quando notei já não tinha como recuar

E foi assim que nos juntamos distraídos
Que no começo tudo é muito divertido
Mas sempre tinha um amigo pra falar
Que o nosso amor nunca foi feito pra durar

Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar

Ninguém pode negar que o nosso amor é tudo
Tudo que pode acontecer com dois bicudos
Não são tão poucas as arestas pra aparar
Mas é que o meu desejo não deseja se calar

Até os erros já parecem ter sentido
Não sei se eu traí primeiro ou fui traído
Não te pedi uma conduta exemplar
Mas é que a sua ausência é o que me dói no calcanhar


Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar
Será sempre será
O nosso amor não morrerá
Depois que eu perdi o meu medo
Não vou mais te deixar

Histórias q a vida conta

 

 
A Boneca de Sal
Era uma vez uma boneca de sal. Embora fosse de sal, nunca tinha visto o mar. Por isso, um dia, deixou a sua terra e pôs-se a caminho em direcção ao mar.
Depois de percorrer muitos quilómetros, chegou finalmente ao final da viagem. Ficou fascinada por aquela imensidão de água a perder-se no infinito. Nunca tinha visto uma coisa assim tão grandiosa. Mas seria isso o mar? Por isso, perguntou:
-Quem és tu?
Com um sorriso, o mar respondeu:
-Entra nas minhas águas e comprova-o tu mesma!
e a boneca de sal meteu-se no no mar. Mas, à medida que avançava nas águas, ia derretendo-se, até que dela nada ficou.
Mas, antes de se dissolver completamente, exclamou maravilhada:
-Agora sei quem sou!
( Anthony de Mello)

Sede de infinito

A boneca de sal tinha ânsia de conheçer o infinito.
Por isso, pôs-se a caminho em direção ao mar imenso. Só percebeu o que é o mar quando se entregou a ele.